Tailândia - Pai

Acabamos indo de ônibus mesmo.
O caminho tem tantas curvas que a Marta passou mal, tadinha. São praticamente 3 horas de curvas.
No momento em que chegamos em Pai, à noite, já me apaixonei pela cidade. É um lugar bem pequeno, mas com vários cafés, restaurantes e bares charmosos e atrativos.
Olha, eu não sei bem o porquê disso, mas é o lugar que MAIS VI HOMENS LINDOS NA VIDA! Parecia um pré-requisito para visitar a cidade (para homens): ser muito gato. Todos.
Enfim, peço desculpas aos homens que estão lendo isso, mas foi um detalhe tão marcante que não tinha como eu não comentar.
Ficamos num "hostel" que na verdade era um galpão que tinha um quarto só com umas 12 beliches, ventilador e tela para mosquito. O hostel só tinha 2 banheiros e 2 chuveiros (que mal saíam água). O pessoal decidiu ficar lá porque a dona era amiga de uma das meninas, e nos cobrou somente 100 bahts. Olha, normalmente eu não ficaria nesse lugar nem se me pagassem, mas como estávamos em grupo, aceitei.
Brasil, Colômbia, Noruega, Espanha, Austrália, Alemanha, Estados Unidos, Polônia, Bélgica, Canadá e alguma mais.

Saímos todos para jantar e conhecer a cidade. Comemos na feira noturna e depois fomos em alguns bares. Acho legal comentar que todas as cidades que visitei na Tailândia tem uma feira noturna. Há roupas, acessórios e muita comida. Nessas feiras dá pra economizar bastante dinheiro comendo. Um Pad Thai custa uns 50 bahts. No começo dava nojinho de comer nessas banquinhas de rua, mas aprendemos a nos adaptar, e percebemos que na verdade não faz muita diferença comer num restaurante e numa banquinha.
Em Pai, há muitos bares, mas todos fecham à meia-noite. A partir dessa hora, só fica um bar aberto, que é o bar do reggae (eu o nomeei assim). É um lugar meio aberto, onde deixam uma fogueira no meio, somente com luz negra, e as pessoas pintam o rosto com tinta neon.

Estava todo mundo com umas pinturas lindas no rosto. Eu vi que muita gente estava olhando muito pra minha cara. Logo pensei: nossa, devo ter alguma sujeira bem grande na cara.
Aí alguém veio me falar que meu rosto estava verde. Como??? Não passei nenhuma tinta. Será que tenho sangue verde de Hulk e não sabia?! E várias pessoas passavam e riam.
Fui descobrir que era meu protetor solar. Hunf.
Uma francesa muito paciente passou uns 20 minutos tentando me limpar. Não sei se adiantou, mas vale a intenção.
Gente, nesse lugar tinha uns grilos mutantes gigantes que vinham do nada e agarravam alguma parte do nosso corpo (inclusive rosto). Dava um super susto.

No outro dia faríamos um passeio de moto. O problema é que todos já tinham moto e eu e a Marta, nada.
Fomos ao centro da cidade pra alugar uma moto e no caminho encontramos uma francesa que conhecemos em Bangkok, e ela nos recomendou um lugar pra alugar a moto.
Logo entendi por que ela recomendou esse lugar. O dono é super paciente e te obriga a praticar na moto durante uma meia hora, e não te deixa sair antes de vocês estar pilotando bem. Eu e Marta devemos a nossa vida a ele ahahaha. Na Ásia, a gente vê várias pessoas raladas, com vários machucados e mancando. Adivinha por quê? Moto.
Eu estava em contato com uma alemã que conhecemos no ônibus indo pra Pai e ela quis vir com a gente.
ps. na Ásia, é MUITO fácil fazer amizades. Você quase nunca fica sozinho. E a maioria das pessoas viaja sozinha, tipo 90% das pessoas que conheci estavam sozinhas.
Alugamos a moto por 120 a diária (R$11,50) e voltamos para o hostel. Acontece que não tinha mais ninguém lá. Acho que eles perderam a paciência de esperar (imagina quanto tempo não passamos praticando com a moto e o dono do lugar hahaha).
Fomos eu e Marta numa moto (eu pilotando) e Pia na outra (Pia, a alemã em Pai haha).

Visitamos um templo, uma cachoeiras e um canyon. O templo do Buda branco fica em cima de uma montanha, e a vista de lá é bem bonita.
Estavam fazendo reparos no Buda. Eu vi uma estrutura atrás dele e comecei a subir, porque desde sempre eu amo subir nos lugares. A frase que mais ouvia quando criança era DENISEEEE, DESCE DAÍ!!
Não resisti e subi na cabeça do Buda 😞

Fui subindo, subindo e quando percebi já estava na cabeça. Deu um pouco de medo ali, pois a estrutura parecia meio mal feita. Lá de cima comecei a pensar que talvez fosse falta de respeito subir ali. Comecei a me sentir mal e desci. Mas confesso que adorei subir lá.

Logo fomos na cachoeira, porque de tanto calor que fazia, não podíamos pensar em fazer mais nada. A cachoeira é legal, mas nada de muito especial. E por último fomos no canyon, lugar que mais gostei de Pai. Lá começou a chover super forte.


Esperamos a chuva passar (achamos que tinha passado) e fomos embora. No meio do caminho começou a chover SUPER forte. As gotas até nos machucavam.
Agora olha a situação: primeiro dia que eu pilotava uma moto na minha vida, era noite e estava caindo o mundo. Achei a situação tão desesperadora que até ficou engraçada pra mim, e passei o caminho inteirinho rindo. Acho que minha velocidade média foi de 35km/h nesse momento hahahaha.
No outro dia eu quis voltar para o Canyon e conhecê-lo direito. Fomos só eu e Marta. Foi incrível. Amei. O caminho pra chegar no lugar principal do canyon é meio dificil. É de terra, escorrega um pouco e é super alto. Minha mãe nunca me deixaria ir pra lá (desculpa mãe, mas olha que bom, to viva ainda). Mas vale a pena.


Às 15h já devolvemos a moto, fomos para a rodoviária e pegamos o ônibus de volta para Chiang Mai, pois segunda-feira já começava o outro curso da Marta.
O pessoal ficou umas 2 semanas em Pai. É um lugar encantador.
Como eu não teria paciência nenhuma de ficar 21 dias em Chiang Mai fazendo nada, na terça-feira peguei um avião sozinha para a Myanmar.

Tailândia - Chiang Mai

Em Bangkok pegamos um avião para Chiang Mai, cidade no norte da Tailândia, onde Marta faria seu curso de massagem tailandesa. A escola se chama ITM, e aparentemente é a melhor do país.
O taxi desde o aeroporto tem um preço fixo de 150 bahts, o que equivale a 14 reais.
Escolhemos um hostel que ficava bem perto da escola dela, pois as aulas começavam cedinho, e faz tanto calor que não dá nem pra pensar em caminhar muito. Ficamos em uma rua ao norte do "quadrado de Chiang Mai", com diversos hostels, um ao lado do outro (no final, acho que a Marta ficou em uns 4 deles haha). A média de preço dos hostels dessa rua era de 120 baths (R$11,50) por pessoa, num quarto compartilhado com 6 camas com ar condicionado e banheiro fora do quarto. Isso equivale a 3 euros. Quando fiquei na Noruega eu chegava a pagar 40 euros pelo mesmo tipo de quarto, então vocês não imaginam a minha felicidade na Tailândia 😊
Mapa de Chiang Mai

No dia seguinte a Marta já começou o curso, que durava até às 17h.
Andei um pouco pela cidade, busquei lugares bonitinhos pra comer 😋 e tomar shakes (a maior moda do país. É água+fruta(s)+gelo) e logo fui buscar a amiga na escola.


Já adiantando, ela fez 3 níveis de curso, que duraram 21 dias, e ficou super satisfeita com a escola. A estrutura é ótima, os professores muito bons e o método de ensino funciona bem para pessoas de todas as nacionalidades.
Eu fiquei 5 dias andando pela cidade, aprendendo a mexer na minha GoPro nova, conhecendo templos, indo em restaurantes recomendados pelo Tripadvisor (majoritariamente vegetarianos) e passando calor hehehe.









Não fiquei entediada pois passei um bom tempo planejando minha viagem a Myanmar e em 2 dias dessa semana encontrei uma amiga brasileira que estava lá. Aliás, acho que andei sozinha 1 só dia. Nos outros dias eu sempre conhecia alguém do hostel em que eu estava ou dos hostels ao lado do meu.
Eu aprendendo a mexer na GoPro

À noite eu sempre encontrava a Marta e íamos jantar em algum lugar, jogar sinuca ou simplesmente andar por aí.

 Em Chiang Mai, assim como em qualquer lugar da Tailândia, tem muuuitas casas de massagem. Que fazem massagem mesmo. Maaas, numa dessas de "andar por aí", acabamos caindo em uma rua que parecia bem animada e com muitas luzes. Desde a esquina, e em toda a extensão dessa rua em que tivemos coragem de ir, todos os bares ou casas de massagem tinham várias moças bonitas e arrumadas na porta, ou sentadas na entrada. Depois que fomos perceber que essa rua era tipo a rua Augusta de SP - a rua das garotas de programa. As únicas pessoas que estavam nessa rua além de nós (as perdidas) e as "moças", eram velhos gringos buscando esse tipo de diversão.
Na quinta-feira eu estava saindo do hostel, sentada para colocar a sandália (na maioria dos lugares na Tailândia deve-se tirar os sapatos antes de entrar), quando chega um rapaz estendendo a mão e dizendo "Oi, sou o Tim" (em inglês). Me apresentei também e começamos a conversar.
 Ele acabou indo almoçar comigo num lugar vegetariano, cuja dona era a tailandesa mais fofa que conheci.

Durante o almoço ele me contou que conheceu um monte de gente daqueles hostels e eles estavam combinando de ir a Pai, uma cidadezinha hippie a 3h de Chiang Mai e nos convidou. Eu disse que pensaria e responderia mais tarde.
À noite, ao chegar ao hostel com a Marta, conhecemos toda a galera que iria a Pai no dia seguinte. Tinha gente da Noruega, Colômbia, Polônia, Bélgica, Itália, Estados Unidos, China etc. Na hora já me animei a viajar com eles. O problema é que todos iriam em moto. Quando ouvi isso já me deu uma tremedeira de medo hahahaha.
Como a viagem coincidia exatamente com a folga da Marta (de sexta à noite a domingo) resolvemos ir (eu já não aguentava mais ficar em Chiang Mai, apesar de ser uma gracinha de cidade).
Acabamos indo de ônibus mesmo.

Informações úteis/curiosas:

  • Chiang Mai é uma cidade que considero limpa (pelo menos a época que fomos), não há lixos jogados na rua, porém é onde mais vi baratas e ratos em toda a minha vida.
  • Apesar de ser uma cidade limpa, não achamos nenhum cesto de lixo na cidade inteira. Isso nos incomodou um pouco.
  • Há muitos restaurantes e cafés bonitinhos lá. Eu gosto muito de usar o Tripadvisor pra ir nos melhores lugares, mas simplesmente andando pela rua você dá de cara com vários lugares legais.
  • Fiquei muito feliz e aliviada de ver tantos restaurantes e opções vegetarianas lá, pois em Bangkok sofri muito com isso (sou vegetariana há 21 anos).
  • Pode parecer que não há muita coisa pra fazer em Chiang Mai, mas há muitos passeios de elefantes, trekking, cachoeira, templos e outros passeios pra fazer. Eu não fui em nenhum porque prometi à Marta que não faria nada de muito legal sem ela, porque era sacanagem hehehe.

Tailândia - Bangkok

Chegando na Tailândia, fui com a brasileira que conheci no aeroporto de Dubai pegar o trem até o centro de Bangkok e depois um tuk tuk até o hostel. Foi emocionante pegar um tuk tuk. Ele é tão colorido e...diferente! Ele é todo aberto, fiquei com medo da minha mochila cair para fora.

A brasileira já tinha ido pra Tailândia, então nada era novidade pra ela. Cheguei no hostel e nesse momento já percebi a dificuldade que eu teria em me comunicar em inglês, mesmo em ambientes turísticos.
Cheguei no quarto, tomei um banho e me joguei na cama, porque fazia uns 3 dias que eu não dormia (mesmo). Fui acordada 4 ou 5 horas depois pela minha amiga Marta, com o seu mochilão nas costas. Fiquei muito feliz de revê-la. Fazia 1 ano que não nos víamos.
À noite fomos encontrar a brasileira e os alemães do aeroporto de Dubai em um bar super legal. Depois fomos comer a nossa primeira refeição tailandesa na famosa Khao San Road (do filme Se Beber, Não Case). Comi o meu primeiro Pad Thai (noodles com carne ou verduras, prato tradicional tailandês) e estava até que gostoso. A minha primeira impressão de Bangkok e, principalmente Khao San Road, foi: uau, que explosão de cheiros! Você sente uns 20 cheiros diferentes, tudo misturado. O cérebro não absorve tanta informação ao mesmo tempo. E você vai andando na rua e vem 3 pessoas por passo que você dá te chamando pra ir para os bares, oferecendo bebidas, comida, insetos, tours, massagens, e "laughing gas", que é um gás que te faz rir retardadamente. Não tive coragem de experimentar nada. Eu ainda estava meio chocada com tudo.

No outro dia tivemos coragem de fazer uma massagem na rua paralela à Khao San Road, cujo nome não lembro mas é uma gracinha, e a massagem foi bem...hm...dolorida. Não conseguimos relaxar muito. Eles seguem as linhas de energia do corpo com os pontos de pressão específicos.
Não fazem amassamento ou deslizamento, como numa massagem ocidental tradicional. Digamos que no outro dia eu mal podia encostar na minha perna de tanta dor. Mas confesso que a parte do ombro me foi mais agradável, porque nele eu gosto de mais pressão mesmo.

Uma semana antes de viajarmos, o rei da Tailândia morreu, e ele era tratado como uma santidade para o povo tailandês. Em Bangkok todos os tailandeses estavam vestidos de preto, na rua não havia música e o clima de luto tomou conta da cidade. Em cada esquina tinha um poster gigante do rei, e todos os templos tinham uma faixa branca e preta. Confesso que isso atrapalhou um pouco nossa viagem, porque o luto deles talvez tenha tirado um pouco da essência da cultura local. Não víamos todas as cores, sorrisos, simpatia e loucura que esperávamos. Mas ao mesmo tempo nos sentimos abençoadas por poder presenciar um momento tão marcante para o povo tailandês, e que raramente os turistas vivenciam.
Ficamos 4 dias em Bangkok, visitamos a maioria dos templos importantes e mercados. Queríamos muito visitar o Palácio Real mas estava fechado para turismo por causa da morte do rei. Todos os dias, em frente ao Palácio, acontece uma cerimônia de luto em que praticamente todos os tailandeses vão prestar sua homenagem ao rei.

A população organiza tendas de distribuição de garrafas de água, comida e até flores. No começo não estávamos entendendo por que eles estavam nos dando tanta água e comida de graça. Eu sinceramente pensei que era um ato do futuro governo do príncipe, já que ouvi dizer que ele não era tão querido pelos tailandeses, porém um homem me disse que eles mesmos que organizaram tudo, com o dinheiro deles. Fiquei impressionada, pois os tailandeses batalham muito para ganhar dinheiro (trabalham o dia inteiro, de uma forma diferente, depois explicarei melhor), e mesmo assim preferiram gastá-lo representando um último ato de generosidade do rei.
Logo no nosso primeiro dia em Bangkok,eu e Marta nos perdemos ao voltar para o hostel. Se não me engano conseguimos chegar somente às 3h. Detalhe que estávamos super perto do hostel hahaha.
No caminho, vimos muita gente comendo (eles comem o tempo todo!), trabalhando (todos os tipos de trabalho imagináveis na rua) e como se estivessem vivendo uma vida normal, mas às 3h da madrugada. Só sei que ri muito. Em situações que normalmente as pessoas se estressam (quando se perdem ou tomam muita chuva, por exemplo) ou gosto e não paro de rir.

Wat Pho (Templo do Buda deitado)



No nosso segundo segundo dia fomos num shopping que tem bastante eletrônicos chamado MBK Center. Chegando lá, era tão grande e tinha tantas coisas diferentes e exóticas que ficamos loucas. Eu queria comprar uns 10 daqueles lenços de cachemere, umas 30 calças daquelas largas e coloridas e lembrancinhas pra todos os amigos e familiares. Taí a parte negativa de ser mochileira:  não cabe nada na mochila além do essencial =(
Mas acabei comprando um de cada de qualquer jeito, não resisti.Nesse shopping, a Marta comprou uma câmera semiprofissional e eu comprei uma GoPro. Não nos arrependemos. O preço estava ótimo e foi o melhor momento pra ter comprado, no comecinho da viagem.
Chatuchak - o maior mercado ao ar livre do mundo, com 8 mil lojinhas

vai um grilinho aí?

Depois de ter visitado os principais templos e mercados, ficamos entediadas no último dia. Bangkok é uma loucura e vale a pena pra quem tá no clima de festa e beber até cair. Mas nós não estávamos nessa vibe. Um dia estávamos saindo do hostel de manhã, e um menino que estava dormindo no sofá levantou e foi tomar café-da-manhã. Ele levantou com o aspecto de "bebi tanto ontem que não lembro nem meu nome" e com uma sobrancelha a menos. Conversamos com ele e ele nos contou da noitada que teve. No final da conversa pedi pra tirar uma foto dele, e quando mostrei-lhe a foto, ficou surpreso e disse: EU SÓ TENHO UMA SOBRANCELHA?? A gente ficou surpresa porque pensamos que ele já sabia. Depois seu amigo (também sem uma sobrancelha) contou que na Inglaterra se você desmaia de bêbado alguém vai lá e depila uma sobrancelha tua. Que dó (vê se agora aprende a beber direito, mocinho!).


Informações úteis/curiosas:


  •  Na Tailândia, deve-se pechinchar por TUDO que você comprar. Eu sou uma pechinchadora nata (mentira, aprendi com a minha mãe) então me adaptei fácil. A Marta que é espanhola nunca tinha feito isso na vida. Ela sempre aceita todos os preços, pois na Espanha não tem conversa. 
  •  Às vezes uma pessoa se aproxima de você na rua, super simpática e puxando assunto, perguntando da onde você é, quanto tempo vai ficar em Bangkok etc etc. E quando você pensa "nossa, que pessoa legal", ela já fala de alguma atração turística e chama um tuk tuk na hora (parceiro dela) pra te levar lá. Eles também inventam que o lugar que você queria ir está fechado por algum motivo, e te recomendam ir em outro, o qual o tuk tuk te levaria na hora. Não aceitamos nenhuma oferta, pois "adoramos ir andando pra todos os lugares" (claro, com aquele calor de 40 graus que você desmaia após dar 10 passos. Faz de conta que adoramos).
  •  Em todos os templos da Tailândia, e muito provavelmente de toda a Ásia, deve-se tirar os sapatos e estar coberta desde os ombros até os joelhos, no mínimo. Como o calor é absurdo, o melhor é levar um lenço e se cobrir com ele para entrar no templo. Porque andar de calça e blusa de manga em Bangkok naquele calor, eu não desejo nem pro meu pior inimigo.
  •  Os taxis são rosa/roxo, os mais lindos do mundooooo


Ready to go: Asia trip

Olá!
Sejam bem vindos ao meu mais novo blog!

Aqui contarei as minhas experiências mundo afora. Este blog não foi feito para servir de ferramenta de pesquisa de viagem, mas sim o modo o qual escolhi para relatar as minhas experiências pelos 4 cantos do mundo.
Muitas pessoas me perguntam como planejei minha viagem, como tomei coragem de ir, como são os costumes dos outros povos, entre outras coisas. Então pretendo responder a essas perguntas por aqui, de forma simples e descontraída.

Tudo começou quando eu estava trabalhando em Palma de Mallorca em um hotel 5 estrelas em 2015. Trabalhei e morei com uma espanhola chamada Marta, que virou minha melhor amiga por lá. Sabe aquela pessoa que se dá bem com todo mundo, é querida por todos e topa qualquer tipo de programa? É ela.
Durante os nossos raros dias livres juntas, conversávamos sobre como a Tailândia parece ser incrível, enquanto gastávamos todo o nosso salário no mercado e comprando roupas. A ideia de ir pra Tailândia começou a ficar mais concreta e a vontade de largar tudo e ir estava ficando quase insuportável. A Marta até começou a fazer aula de tailandês!!
Na minha cabeça a ideia ainda estava em formato de sonho quase que irrealizável, pois foram incontáveis as vezes que fiz planos de viagens com amigos e acabou não dando certo.
8 meses depois, a Marta estava trabalhando num hotel na Galícia (região da Espanha em que mora), e eu trabalhando no navio MSC Magnifica.
De repente voltamos com a ideia de ir pra Tailândia. Coincidentemente, nossos contratos de trabalho terminariam quase na mesma data. Era agora ou nunca! Comprei a passagem, contei pra ela, e 10 minutos depois ela comprou a dela. O sonho ia virar realidade! Estava difícil de acreditar.
Meu contrato terminou, voltei pro Brasil, fiquei viajando pra lá e pra cá, e ela terminou de trabalhar somente 2 dias antes de ir pra Tailândia.
Eu, na correria de encontrar todos os amigos, família e viajar por aí, acabei não pesquisando nada sobre a Tailândia e os outros países que eu queria ir. Enfim, algumas pessoas que já fizeram essa viagem me falaram que no final tudo acaba se encaixando bem. Relaxei um pouco (ou mais ainda, no caso).
No dia 18 de Outubro parti pra Ásia. Peguei um vôo de São Paulo para Dubai, e outro de Dubai para Bangkok. Pra começar bem, chegando em Dubai já me informaram que não daria tempo de pegar o outro vôo, que eu teria que esperar 5 horas no aeroporto. A parte incrível e frequente da minha viagem (sempre alguém acaba me ajudando) começou aí; na hora conheci uma menina que é agente de viagens e ficou discutindo com o funcionário da cia aérea, exigindo um lounge para descansar. Após uma meia hora de discussão ela acabou conseguindo! Ficamos no lounge business com direito a um belo buffet e bebidas de todos os tipos de graça. Também dava pra tomar banho lá. Me senti rica hahahaha. E ficamos lá conversando com um alemão e um austríaco ricos de verdade.